O homem detido é da própria cidade e, segundo a investigação, está ligado à parte logística de fornecimento de armas à quadrilha, formada por cerca de 30 criminosos. O caso está sob apuração da Polícia Civil do Paraná (PCPR) – o material coletado até o momento será cruzado com impressões digitais nos bancos de dados da própria polícia.
Além disso, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) confirmou que doze veículos usados pelos bandidos já foram localizados (quatro deles queimados e usados como barreiras pelos criminosos), além de nove armas (entre .50 BMG, 7,62, 5,56 e calibre 12 Combat); uma pistola Glock 9 mm com seletor de rajada; um carregador de AK 47; munições; capacetes e coletes balísticos; balaclavas, facas, celulares e lanternas; um par de placas de veículo sobressalente (EPS7D07); e R$ 1,4 mil em espécie.
Atualmente, além dos 60 integrantes do batalhão regional, outros 200 policiais atuam na cidade, especialmente no perímetro rural do município, em busca de mais suspeitos. Três helicópteros do Estado também estão dando suporte à operação, assim como equipes com cães. A Polícia Militar conta com a colaboração da população.
“Vamos seguir aqui até que o caso seja solucionado, garantindo tranquilidade à população de Guarapuava”, afirmou o coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante-geral da Polícia Militar do Paraná. “Os indivíduos tentaram acessar os cofres, mas não conseguiram. Eles fizeram disparos contra nossos policiais e, na fuga, abandonaram veículos e armamento”.
INVESTIGAÇÃO
Para auxiliar diretamente na elucidação da ação criminosa em Guarapuava, a PCPR está realizando investigações de alta complexidade com o cruzamento de informações da inteligência. Equipes de operações especiais estão nas ruas cumprindo diligências para localizar os criminosos, como acessar câmeras de segurança e coletar relatos de moradores.
Além disso, papiloscopistas estão trabalhando na apuração de vestígios de impressões digitais em objetos, veículos e locais de crime. O material coletado será confrontado com impressões digitais nos bancos de dados da PCPR para a identificação dos criminosos.
A Polícia Científica também enviou peritos do Instituto de Criminalística de unidades de Curitiba e Guarapuava para agilizar as perícias e demais exames a partir dos materiais deixados pelos criminosos, como carros, munições, armas, e diversos outros tipos de vestígios dos criminosos. A partir disso, será possível emitir laudos e apontar indícios de autoria.
CASO
O planejamento ágil e integrado das forças de segurança pública do Paraná impediu que cerca de 30 criminosos fortemente armados obtivessem sucesso na tentativa de assaltar a empresa de transporte de valores de Guarapuava. A operação coordenada pela PMPR e contou com apoio das forças federais de segurança, como a Polícia Rodoviária Federal.
De acordo com a Sesp, os bandidos fugiram sem concluir o assalto, após intensa troca de tiros na região rural de Guarapuava. Mesmo com o bloqueio das entradas e saídas do 16° Batalhão de Polícia Militar, os policiais estavam em ronda e preparados para a ação. Eles puseram em prática o plano de contingência para impedir e ação e preservar a segurança dos moradores.
A PMPR já contava com um plano para ser usado em situações de risco. A estratégia consistiu em fechar as entradas do município, obrigando os criminosos a seguir para o perímetro rural. A ação fez com que os assaltantes, sem conhecimento das vias, se perdessem e abandonassem o local.
“A operação deu certo porque a polícia contava com equipamentos modernos, sejam viaturas ou armamentos. O investimento por parte do Governo do Estado na renovação da frota e dos materiais permitiu acompanhar os bandidos, que estavam fortemente armados, e garantir a segurança da população”, disse o comandante do 16º Batalhão de Polícia Militar do Paraná (BPM), tenente-coronel Joas Marcos Carneiro Lins.
Dois policiais e um morador da cidade ficaram feridos durante a ação. O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai apoiar a apuração dos fatos.
Texto e foto: reprodução/AENPR