A Polícia Civil do Paraná prendeu José Airton Lucas, de 52 anos, 27 anos após ele matar a esposa em Palmital, no centro do estado.

O crime, ocorrido em 1997, foi descoberto depois que o homem, que fugiu e assumiu uma nova identidade, passou a ser monitorado por meio das redes sociais.

Lucas, que na época do homicídio tinha dois filhos com a vítima, fugiu levando um deles e forjou um novo nome. Ele se estabeleceu em Diamante do Sul, no oeste do Paraná, onde construiu uma nova família, sem que a atual esposa e os filhos soubessem de seu passado criminal.

De acordo com o delegado Márcio Cristiano da Silva da Rocha, a família do acusado foi enganada e registrou os filhos com o nome falso de “Nelson Pereira”, identidade assumida por Lucas após o crime.

A investigação começou quando a polícia passou a monitorar as redes sociais dos filhos mais velhos do assassino, que sabiam do crime e mantinham contato com o pai. Foi a partir de uma conexão em uma dessas redes que os investigadores descobriram um perfil com um nome semelhante ao de José Airton Lucas, o que levou à confirmação de sua identidade.

Os policiais então descobriram que o homem estava se passando por “Nelson Pereira” e, ao ser questionado, ele afirmou ter tido seus documentos furtados em Laranjal, cidade vizinha a Palmital. Surpreendentemente, ele ainda afirmou que o autor do furto teria sido um homem que havia matado a esposa — o próprio José Airton Lucas.

O fato gerou desconfiança, e, ao ser confrontado com a história, ele apresentou um Boletim de Ocorrência (B.O) registrado na época do furto, o que acabou confirmando as suspeitas da polícia.

Lucas foi preso nesta quinta-feira (28), sendo levado à prisão 27 anos depois de cometer o assassinato. Ele agora enfrenta novas acusações por homicídio, com a polícia ressaltando que, apesar de ter se escondido por décadas, o criminoso não conseguiu apagar seu passado.

Fonte: G1/Portal Candói

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