Uma milícia suspeita de ser responsável por pelo menos 21 homicídios no Paraná foi alvo de uma grande operação policial, deflagrada na manhã desta quarta-feira (11).
A ação envolveu a Polícia Civil do Paraná (PC-PR), o Ministério Público, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Militar do Paraná, com apoio de diversas forças de segurança. A operação aconteceu em 17 cidades, localizadas em cinco estados: Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rondônia.
De acordo com a PC-PR, o grupo, considerado um “grupo de extermínio”, atuava principalmente na cidade de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, entre 2022 e 2023, e seus crimes eram filmados.
Os vídeos das execuções eram enviados ou transmitidos ao líder da milícia, que estava preso na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e acompanhava as mortes em tempo real.
As investigações também revelaram a participação de um monitor de ressocialização, servidor terceirizado do sistema penitenciário, que recebia propina para conceder benefícios aos membros do grupo dentro da prisão. O servidor foi preso preventivamente e afastado de suas funções pelo Departamento de Polícia Penal do Estado.
A operação envolveu o cumprimento de 48 mandados de prisão preventiva, 133 mandados de busca e apreensão e 69 medidas de sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias.
As ações ocorreram em diversas cidades, incluindo Curitiba, Campo Grande, Florianópolis, Araçatuba e outras. Além disso, a Justiça determinou a transferência de um dos presos para o sistema penitenciário federal e o isolamento de outros três detentos, identificados como integrantes da milícia.
As autoridades não divulgaram os nomes dos suspeitos, mas afirmaram que a operação busca desmantelar uma rede criminosa que atuava de forma articulada em vários estados.
Fonte: G1/Portal Candói