O Instituto Água e Terra (IAT) divulgou nesta terça-feira (30) o balanço da segunda operação remota de combate ao desmatamento ilegal, revelando que 43 municípios apresentaram irregularidades.
Desses, 26 pertencem às regionais de Guarapuava e Francisco Beltrão, com 13 municípios cada uma, liderando o triste ranking de desmatamento ilegal.
A fiscalização, realizada entre 21 e 28 de julho, encontrou um número significativo de infrações ambientais sem a necessidade da presença física de fiscais em campo.
Foram gerados 252 Autos de Infração Ambiental (AIA), totalizando multas no valor de R$ 16.416.750.
Este valor representa um aumento de 178% em comparação com a primeira operação remota, concluída em abril, que somou R$ 5,9 milhões.
Entre as irregularidades detectadas, destacam-se o corte de floresta nativa do bioma Mata Atlântica, tanto em áreas de Reserva Legal quanto em Áreas de Proteção.
Permanente (APP), em diferentes estágios de crescimento. Além disso, foram encontradas atividades sem licenciamento ambiental e o uso do fogo para destruir a floresta, o que agravou o valor das multas.
No município de Rio Bonito do Iguaçu, duas ocorrências foram registradas em áreas de 180,7 hectares e 161,9 hectares.
As multas para o mesmo infrator ultrapassam os R$ 4 milhões.
Outros municípios da região de Guarapuava também apresentaram casos de desmatamento, incluindo Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Prudentópolis, Laranjeiras do Sul, Marquinho, Virmond, Turvo, Nova Laranjeiras, Laranjal, Pitanga e Nova Tebas.
Além de Guarapuava e Francisco Beltrão, outras regionais afetadas foram Pato Branco, com cinco municípios; Curitiba, com quatro; Pitanga, com três; e Irati, Litoral e Ponta Grossa, com um município cada.
A operação destacou a necessidade urgente de reforçar a fiscalização e a proteção ambiental, principalmente no bioma Mata Atlântica, que continua a sofrer com o desmatamento ilegal e outras atividades prejudiciais ao meio ambiente.
Fonte: RSN / Portalcandói