O Corpo de Bombeiros do Paraná (CBMPR) já atendeu mais de 9.344 incêndios em vegetação em 2024, mais que o dobro dos 4.011 incidentes registrados no mesmo período de 2023, representando um aumento alarmante de 132%.

Essa crescente demanda foi antecipada no 1º Workshop de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal, realizado em maio, em Curitiba.

A capitã Luisiana Guimarães Cavalca, integrante da Câmara Técnica de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal do CBMPR, destacou que além do aumento quantitativo, há preocupação com a extensão das áreas queimadas e o tempo gasto no combate às chamas.

Condições climáticas adversas, como temperaturas elevadas, baixa umidade e chuvas escassas, têm exacerbado a situação, especialmente em agosto, mês historicamente crítico para incêndios florestais.

A região da Ilha Grande e Alto Paraíso, no Noroeste do estado, é uma das mais afetadas, onde sete bombeiros, com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), trabalham para conter as chamas.

O fogo também devastou parte de uma Área de Preservação Permanente (APP) em Maria Helena, além de áreas em Cianorte e no Parque de Vila Velha, nos Campos Gerais.

Até o momento, agosto de 2024 já contabiliza 2.274 ocorrências, número expressivamente superior às 955 registradas no mesmo mês do ano anterior.

Como parte da Operação Quati João, o CBMPR realiza reuniões periódicas com entidades civis e governamentais para atualizar cenários meteorológicos e discutir estratégias de combate aos incêndios, com apoio do Simepar.

A preocupação com a possível influência do fenômeno La Niña, previsto para setembro, aumenta, já que ele tende a deixar o ambiente mais seco, favorecendo a propagação do fogo.

Nos últimos anos influenciados por La Niña, o Paraná registrou uma média superior a 12 mil incêndios florestais por ano, muito acima da média de 5 mil em anos normais.

Além do trabalho dos bombeiros, o Instituto Água e Terra (IAT) tem contribuído no combate aos incêndios, mobilizando equipes e utilizando aeronaves especializadas para despejo de água em áreas de difícil acesso.

Estudos apontam que cerca de 90% dos incêndios florestais são causados pela ação humana, seja intencional ou acidental.

Medidas preventivas, como destinar o lixo adequadamente, evitar queimadas e apagar fogueiras de maneira correta, são essenciais para reduzir esses desastres ambientais.

Em caso de incêndios pequenos, a recomendação é tentar apagar as chamas com água ou mangueira de jardim.

Para situações de risco, deve-se acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

Fonte: Portalcantú / Portalcandoi

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