A cidade de Mangueirinha, no sudoeste do Paraná, foi abalada por uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que resultou no afastamento do secretário de Saúde, Ivoliciano Leonarchik, na última quinta-feira (9).
O Gaeco, braço policial do Ministério Público, conduziu a ação como parte do combate a uma organização criminosa que, segundo as investigações, envolvia não apenas o secretário, mas também outros agentes públicos e privados.
As operações Assepsia e Incisão, iniciadas em 2021, apontaram suspeitas relacionadas a um laboratório local e duas prestadoras de serviços odontológicos. Essas entidades teriam recebido valores indevidos por serviços não prestados, todos destinados ao município.
A suspeita se estende a 11 pessoas em Pato Branco, Coronel Vivida e Chopinzinho.
O Ministério Público também levantou a questão das próteses dentárias adquiridas pelo município, equivalente a 30% da população de Mangueirinha, estimada em 16,6 mil habitantes. Segundo as investigações do Gaeco, o produto não foi entregue, deixando um considerável contingente de pessoas, supostamente, sem os serviços contratados. O município não se pronunciou sobre o assunto, uma vez que as tentativas de contato realizadas pelo blog com a administração municipal foram infrutíferas.
A cidade, que prioriza a saúde como uma de suas áreas mais críticas, agora se vê diante de um cenário desafiador. O afastamento do secretário de Saúde e as acusações contra outros agentes públicos e privados lançam uma sombra sobre a gestão da saúde pública em Mangueirinha, exigindo respostas e esclarecimentos por parte das autoridades responsáveis.
As investigações continuam, e a população aguarda ansiosamente por transparência e ações que visem restaurar a confiança na administração municipal.
Fonte: RSN / Portal Candói.