O show do grupo Menos é Mais, realizado em um parque aquático de Foz do Iguaçu, no sábado (30), terminou em violência, com duas pessoas baleadas após uma briga envolvendo um policial militar.
O evento, que contava com cerca de duas mil pessoas, foi interrompido quando tiros foram disparados durante a confusão, de acordo com informações da Polícia Militar.
Segundo o Boletim de Ocorrência, o policial militar envolvido relatou que foi vítima de injúrias raciais e ameaças de morte antes de disparar sua arma. Ele afirmou que, durante o show, um homem e seus familiares o reconheceram e começaram a ofendê-lo com termos racistas, como “macaco” e “preto maldito”, além de fazerem ameaças de morte. Em resposta, o policial disparou quatro vezes, atingindo duas pessoas.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento da briga, com o policial agredido por vários homens, até ser derrubado no chão. Em seguida, é possível ouvir os disparos e ver o público se dispersando.
De acordo com a PM, um policial civil presente no evento identificou o agressor como um homem com extensa ficha criminal, incluindo passagens por homicídios, entre eles o de um policial penal. O confronto teria começado com uma discussão entre o policial e o homem, e logo se intensificado com a chegada de outros agressores, que derrubaram o PM e começaram a golpeá-lo. Durante a agressão, o policial conseguiu sacar sua arma e atirar.
Após o incidente, o policial entregou a arma aos colegas de farda e foi retirado do local devido à hostilidade dos amigos e familiares dos agressores.
O boletim de ocorrência detalha que dois homens foram atingidos pelos disparos: um deles, um dos suspeitos de agredir o PM, e o outro, que passava pelo local e acabou sendo atingido no braço. Ambos foram socorridos e encaminhados ao hospital, mas o estado de saúde deles não foi divulgado.
A Polícia Militar informou que o policial foi encaminhado para o 14º Batalhão, onde prestou esclarecimentos e teve os documentos pertinentes lavrados, incluindo o termo de apresentação espontânea. Ele também passou pelo teste de bafômetro, que deu negativo.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP-PR) divulgou uma nota defendendo a atuação do policial, afirmando que ele foi “violentamente atacado” e disparou para “repelir a agressão e proteger a própria vida”.
A nota também informou que a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso, enquanto a Corregedoria da Polícia Militar acompanha a apuração do incidente.
Fonte: G1/Portal Candói