O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira para definir se mantém ou eleva a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,5% ao ano.
A decisão ocorre em um contexto de incertezas, agravadas pela alta do dólar e pelos impactos da seca prolongada, que vêm pressionando o preço de energia e alimentos.
O mercado está dividido entre a expectativa de uma elevação de 0,25 ou 0,5 ponto percentual, sendo a primeira possível alta desde agosto de 2022.
Inflação e seus impactos
Na última ata do Copom, os membros do colegiado indicaram que o aumento do dólar e os gastos públicos em alta poderiam justificar uma elevação nos juros para conter a inflação.
A previsão de inflação para 2024 também subiu, passando de 4,22% para 4,35%, valor próximo ao teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%.
Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,02%, mas a queda temporária dos preços de energia será revertida com o retorno da bandeira tarifária vermelha em setembro.
A importância da Selic
A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação.
Ela influencia diretamente as negociações de títulos públicos e é referência para as demais taxas de juros da economia.
O cenário econômico
A decisão do Copom será acompanhada de perto pelos mercados, já que os efeitos da alta do dólar e da seca prolongada ainda não foram completamente absorvidos pela economia.
O próximo Relatório de Inflação do BC, que será divulgado no final de setembro, deverá oferecer uma visão mais detalhada dos desafios à frente.
Fonte: Agencia Brasil / Portal Candói.