Desde o início do ano, o contrato da soja para novembro na Bolsa de Chicago registra avanço de 11,4%. Mas houve uma inversão do movimento. O preço passou a recuar, e registra queda de 14,5% após o valor histórico.

O mesmo cenário é observado nas cotações do milho. Desde o primeiro dia do ano, o preço internacional evoluiu 22,4%. No entanto, desde a máxima de US$ 6,36, a cotação para dezembro já tem perda de 16,3%.

Na avaliação do analista de mercado Raphael Mandarino, da AgResource, na sexta passada, 18, o mercado já dá sinais de recuperação técnica, mas os preços ainda podem sofrer alterações.

“O clima ainda é um dos fatores a serem analisados na formação dos preços. Na quinta passada, 17, as temperaturas subiram até 41° em regiões produtoras dos Estados Unidos,  trazendo uma perspectiva muito seca para as lavouras. Com isso acredito que vamos ter uma revisão para baixo das condições das lavouras, tanto para soja quanto para o milho”, avalia.

Ainda de acordo com o analista, o mercado de grãos vai verificar como um possível retorno das chuvas poderá recuperar as áreas secas, para então poder avaliar uma melhora na produtividade.

“Além do clima, as mudanças na economia norte-americana também podem impactar os preços. No entanto, não podemos esquecer que os fundamentos do mercado é quem ditam o ritmo das cotações. Com o cenário de restrição global na oferta e uma demanda muito forte em 2021 e no próximo ano, os preços seguiram pressionados”, ressalta Mandarino.

Ele afirma que a AgResource ainda acredita em preços elevados para frente, inclusive na safra 2021/2022. “Devemos retomar os patamares dos preços até o final do ano”.

FONTE: canalrural.com.br

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